Palavra no óleo

Romanos 12:4-5 e 1 Coríntios 12:13-27 comparam o corpo-igreja ao corpo-biológico, a meu ver, comparar com o corpo-exército tem suas vantagens, a legião romana é formada por diversas frações e possui equipamentos e finalidades distintas, podendo atuar isoladamente ou em conjunto como veremos a seguir. “Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.” (Efésios 4:16 / NVI). Paulo compara o Corpo de Cristo ao nosso corpo biológico, mas a tropa também é um corpo. De fato podem ser refeitas as analogias se compreendermos como um exército funciona. Podemos simplificar a três tipos de tropas: infantaria (tropa a pé), artilharia ou arqueiros (longo alcance) e cavalaria (flexível e veloz), sendo as duas primeiras mais comuns nas batalhas descritas na Bíblia. Embora a infantaria seja a maior tropa e normalmente se espera que ela faça a diferença, em uma batalha regular, quem destrói o inimigo é a artilharia, em seguida a cavalaria persegue o inimigo em retirada e a infantaria toma posse da posição conquistada. A armadura que Paulo descreve é usada por todos os três tipos, alguns mais leves, outros mais pesados. Notem que nas batalhas Israel fez apenas o “tomar posse”, a batalha já estava ganha (no espiritual)! No combate natural há duas situações: defesa e ataque. Quando sob ataque direto, a infantaria serve de barreira para que a artilharia não seja destruída. Para isso a disposição no terreno ou formação é importante. Quando no ataque, a artilharia é posicionada a frente para ter maior alcance, dando cobertura a infantaria leve no seu avanço. A cavalaria é usada para flanquear ou aproveitar brechas na defesa adversária, também para anular a artilharia inimiga.

Um pouco da organização da Legião Romana e suas frações:

No Campo de batalha as espadas começam embainhadas, dependendo da fração trazem o pilum na mão (não confunda com uma lança), um dardo longo constituído de uma haste de madeira e um longa lâmina, normalmente lançado com uma correia de couro para alcançar maior distancia. O pilum tem duas finalidade, a óbvia, ferir o adversário, mas a principal é acertar o escudo e se tornar um contrapeso que dificulta a movimentação, forçando o soldado a largar o escudo para combater, ficando indefeso. Não abandonem o escudo! A maneira mais fácil de nos atingir é quando não temos proteção!